• 14 de abril de 2025

Safra gaúcha de grãos está estimada em 33,9 milhões de toneladas, aponta novo levantamento da Conab

 Safra gaúcha de grãos está estimada em 33,9 milhões de toneladas, aponta novo levantamento da Conab

O sétimo levantamento da safra 2024/2025, divulgado na manhã desta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra que o Rio Grande do Sul deve produzir 33,9 milhões de toneladas de grãos, uma queda de 8% em relação ao ciclo anterior. Apesar da baixa, o estado gaúcho se mantém na quarta posição entre os maiores produtores de grãos, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. Para a área, estão projetadas 10,45 milhões de hectares, com um crescimento de 0,3%.

A redução na safra gaúcha de grãos é explicada, principalmente, pela queda de 25,7% na produção de soja, em comparação com a safra passada. A previsão é que o estado produza 14,6 milhões de toneladas. A área plantada está estimada em 6,84 milhões de hectares, um aumento de 1,1%. “O Rio Grande do Sul está passando por uma situação dramática na questão climática. A safra de soja foi prejudicada pela escassez de chuva e os calores extremos, o que comprometeu a produtividade da cultura”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Embora as precipitações tenham aumentado em volume e frequência a partir de fevereiro, não foram suficientes para reverter a situação de estresse hídrico nas lavouras. Além disso, as ondas de calor também prejudicaram o desenvolvimento das plantas. Atualmente, 35% da área cultivada já foi colhida, com qualidade variável nos grãos.

Situação de outras culturas no RS

Arroz – A previsão de colheita de arroz é de 8,3 milhões de toneladas, um aumento de 15,9% em relação à safra passada. A área plantada está estimada em 951,9 mil hectares, uma elevação de 5,7%. A produtividade das lavouras colhidas até o momento é considerada boa, principalmente nas áreas semeadas no período ideal, que se beneficiaram de condições meteorológicas favoráveis. Porém, as ondas de calor durante o enchimento dos grãos aumentaram o percentual de grãos avariados em algumas regiões. A operação de colheita avançou significativamente, alcançando 65% da área cultivada.

Feijão – A produção de feijão deve somar 76,9 mil toneladas, cultivadas em uma área de 48,5 mil hectares. O crescimento na produção em relação ao ciclo passado é de 7,3%. O baixo volume de chuvas e as altas temperaturas no Planalto Superior, que é a principal região produtora do estado, causaram sintomas de estresse hídrico na cultura da 1ª safra. A retomada das chuvas é essencial para manter as expectativas de boas produtividades, já que as lavouras estão em fase de florescimento e enchimento de grãos. Nas demais regiões, a colheita já está praticamente concluída.

Milho – A projeção de produção é de 5,51 milhões de toneladas, 13,7% a mais do que na safra passada. A área destinada ao cultivo é de 719,6 mil hectares, o que representa uma redução de 11,7%. A colheita, que já alcança 86% da área cultivada, está concentrada no Planalto Superior, onde a semeadura foi mais tardia e ainda restam áreas a serem colhidas, além das lavouras cultivadas na safrinha. A estiagem afetou as lavouras durante o desenvolvimento vegetativo, florescimento e enchimento de grãos, reduzindo a expectativa de produtividade. Apesar disso, as áreas colhidas até o momento apresentaram boas produtividades, especialmente nas lavouras semeadas no início da janela de semeadura, que se beneficiaram de um bom regime pluviométrico.

Trigo – Considerada a principal cultura de inverno no estado, a produção de trigo deve totalizar 4,09 milhões de toneladas, um crescimento de 4,4% em relação à safra 2023/2024. A área dedicada ao cultivo está estimada em 1,29 milhão de hectares, com uma redução de 3,8%. Apesar da expectativa de diminuição da área cultivada, a produtividade deve apresentar melhora. A semeadura do cereal deverá iniciar apenas em maio nas regiões mais quentes do estado, como o Alto Uruguai, a Fronteira Oeste e a Missões.

Foto: Luiz Henrique Magnante/Embrapa

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