• 22 de novembro de 2024

Prefeitura de Canoas busca apoio contra cortes do programa Assistir

 Prefeitura de Canoas busca apoio contra cortes do programa Assistir

Os cortes do programa Assistir, do Governo do Estado, já retiraram R$ 14 milhões de recursos que vinham sendo aplicados nos hospitais de Canoas. A instituição de saúde mais prejudicada é o Hospital Universitário, referência para mais de 130 municípios do Estado. Para evitar a continuidade dessa redução e rediscutir os critérios do programa, a Prefeitura de Canoas busca o apoio de deputados estaduais e de lideranças do município.

Nesta quinta-feira (19), uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Canoas reuniu entidades e lideranças da saúde municipal. O objetivo foi abordar as dificuldades provocadas pelos cortes de recursos do Assistir, principalmente para o HU. O tema já havia sido debatido na Assembleia Legislativa na quarta-feira (18). Na ocasião, o prefeito Jairo Jorge, o secretário de Saúde, Felipe Martini, o secretário de Relações Institucionais, Mário Cardoso, o diretor do Hospital Universitário, Mauro Sparta, e vereadores apresentaram a situação a um grupo de deputados, a fim de pedir o apoio na interlocução junto ao Governo do Estado.

Para o secretário de Saúde de Canoas, as dificuldades podem crescer ainda mais se os cortes continuarem. “Avançamos muito na saúde, fomos reconhecidos como o melhor município do Estado em atendimentos da atenção básica, organizamos a telemedicina e vamos implementar em 2024 o agendamento de consultas via WhatsApp. Estas são algumas das soluções que estamos traçando, mas muito mais precisa ser feito e isso passa pelo fortalecimento dos nossos hospitais. Portanto, cortar recursos prejudica toda a construção que vínhamos fazendo. O SUS é um sistema de saúde muito eficiente, mas precisa de equidade de recursos para funcionar plenamente, e os cortes do Assistir, aliados à defasagem da tabela do SUS, nos impedem de atuar como gostaríamos. Se os cortes do Estado seguirem, nosso sistema irá colapsar”, enfatizou Martini.

Atualmente, o ponto de corte do Assistir é a produtividade das instituições de saúde. Segundo a secretária de Gestão Hospitalar de Canoas, Juceila Dalla’Agnol, o município defende a tese de que é preciso considerar o tamanho das instituições, o número de atendimentos, os serviços disponibilizados e a abrangência. “A continuidade desses cortes levará ao fechamento de serviços e isso vai refletir em centenas de outras cidades. Este momento é importante, pois é preciso sensibilizar o Estado sobre a dimensão do nosso trabalho e responsabilidade”, ponderou.

O corte do Assistir atualmente é de R$ 1,2 milhão ao mês, podendo passar para R$ 2,4 milhões em janeiro de 2024 e R$ 3,5 milhões em outubro de 2024. A continuidade dessa redução irá desestruturar ainda mais o HU e o Hospital de Pronto Socorro de Canoas no próximo ano.

PMC

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