• 5 de novembro de 2024

Gerson Luís Batistella: “Vida feita de escolhas!”

 Gerson Luís Batistella: “Vida feita de escolhas!”

Há momentos, em nossa vida, que optamos por uma pausa e uma busca pela reflexão em relação a pessoas, ações, posturas, fracassos e conquistas. Dessa reflexão conseguimos extrair aquilo que efetivamente importa e conta, e cada um tem uma resposta muitas vezes diferente para isso.

A vida nos impõe percalços, desafios, escolhas, opções, e isso dita e molda o que nos transformamos com o passar do tempo. Invariavelmente, passamos pelos estudos, traçamos objetivos, erramos e acertamos nas escolhas que fazemos, seja na profissão, no amor, nas amizades, na empresa que trabalhamos, nos políticos em que votamos, mas, o que temos em comum? Uma necessidade de realização, de conquistar, de conhecer, de experimentar coisas e situações que compõe o significado de felicidade!

Conforme o tempo passa, mudamos o centro das coisas e das atenções. Houve tempos em que já tivemos muita pressa, há momentos que não queremos mais tanta pressa. Os tempos atuais nos mostram pessoas centradas, mas a grande maioria ávida pelo reconhecimento, pela admiração, pelos holofotes, pela busca da admiração alheia.

Muitas vezes nos espelhamos em pessoas, artistas, políticos, atletas, achando que aquele modelo é o modelo que traduz realização e felicidade. Normalmente, estamos equivocados.

Não foram poucas as vezes, durante a vida, que nos enganamos, nos desiludimos, erramos. Mas o segredo está em reconhecer isso e partir para outra situação, outros desafios, outras escolhas, sempre achando que, dessa vez vai dar certo.

Passamos por isso em nossos trabalhos, em nossos relacionamentos, em nossos hobbies, acreditamos em muitas pessoas e, poucas, com o tempo, se mostram verdadeiras e mantém aquele interesse que nos despertou a manutenção de suas amizades, seus relacionamentos e de seus sentimentos.

Portanto, a reflexão de hoje paira sobre um repensar do momento em que vivenciamos, o que queremos e o que esperamos para os próximos meses e anos. Fazer uma escolha pressupõe, invariavelmente, optar por algo ou alguém em detrimento de outro ou de outros. Devemos cuidar mais de nós mesmos, não apenas no aspecto material, mas fundamentalmente, da pessoa que somos. Ao final, é isso que conta. Holofotes, tapinha nas costas, elogios, geralmente são passageiros ou se mantém apenas enquanto somos importantes ou úteis para pessoas que assim agem. Bastará apenas um momento ou uma situação para que essas mesmas pessoas passem a te tratar diferentemente. Talvez esteja enganado. Será? O tempo geralmente é o senhor da razão.

Embora a coluna de hoje tenha um viés um tanto filosófico, ela não está dissociada do contexto social, político e da realidade que se impõe, nesse momento, às nossas comunidades e sociedade. Somos engrenagem de um processo de estruturação da sociedade, essa que se encanta com frases bem postas, vídeos que elevam a imagem de pessoas, cenas que encantam, talvez enganam, discursos fáceis e ações que, muitas vezes, não se coadunam com tudo isso. Assim, precisamos trabalhar nossa consciência crítica, separar o certo do errado, pois, errado é errado sempre, e não apenas consideramos assim dependendo de quem comete o erro, ou seja, é errado mas nem tanto se recair sobre alguém que não queremos acreditar! Boas energias e reflexões a todos!

Gerson Luís Batistella. Administrador, professor da disciplina de Gestão Pública da URI – Frederico Westphalen, Professor Instrutor da Escola Superior de Gestão e Controle do Tribunal de Contas do Estado RS (TCE-RS) e Coordenador Regional do TCE/RS em Frederico Westphalen.

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